sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Formar leitores... responsabilidade de quem?
Antes de qualquer colocação vale a pena conferir os vídeos
Ler deveria ser proibido youtube
A importância da leitura youtube
Rubem Alves – O papel do professor youtube

Viram como a leitura é fundamental na formação cognitiva do aluno
Acredito que formar leitores não é uma responsabilidade exclusiva das aulas de Língua Portuguesa, assim como   o aprendizado com relação a produção textual que é uma tarefa tradicionalmente destinada ao professor desta disciplina, embora esta fosse e sempre será uma atribuição que devesse envolver toda a equipe escolar, baseando-se no ensino procedimental
Segundo Rojo (2004) no texto Letramento e capacidades de leitura para a cidadania∗“Ler é melhor que estudar”. Esta é uma opinião quase unânime e compartilhada pela população letrada e pertencente às elites intelectuais brasileiras: intelectuais, professores do ensino fundamental, médio e universitário, jornalistas, comunicadores da mídia. No entanto, a maior parcela de nossa população, embora hoje possa estudar, não chega a ler. A escolarização, no caso da sociedade brasileira, não leva à formação de leitores e produtores de textos proficientes e eficazes e, às vezes, chega mesmo a impedi-la. Ler continua sendo coisa das elites, no início de um novo milênio.
A colocação de Rojo se torna muito pertinente nessa discussão que foca a importância de tornar os discentes aptos a usar a leitura e a escrita em sua vida social, isto é, não basta ensinar apenas a ler e a escrever. Desse modo, penso que é  papel de todo professor, independente da sua área de formação, ter o texto como instrumento de trabalho. Este, por sua vez, deve ocupar lugar de destaque no cotidiano escolar, pois, através do trabalho orientado para leitura, o aluno conseguirá apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista, argumentar, etc., caminhando adiante na conquista de sua autonomia no processo de aprendizado. No entanto, o que se observa é que construir competências e habilidades que envolvam a leitura e a produção textual continua sendo  papel atribuído apenas e tão somente aos professores de língua, limitando o espaço do texto na escola e contribuindo para a ineficiência na formação de leitores proficientes.
Há inúmeras estratégias de leitura que os docentes podem explorar tornando suas aulas mais dinâmicas e interessantes, mais este é um assunto para o próximo artigo.
                                              Flaviana Furlan – professora graduada em Letras e pedagogia e especialista em Língua Portuguesa, atuante na E E Dr Carlos Augusto Froelich, Pindorama
                                            Mais novidades sobre educação  no Blog



sábado, 8 de junho de 2013

A importância da leitura

Vamos Refletir...
Um Meio ou uma Desculpa
"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite!
Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores pois...
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO.
Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA."

"Ler devia ser proibido"

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Evolução tecnológica e o contexto escolar


A tecnologia vem evoluindo desde a criação das primeiras expressões escritas e figurativas e desde então vem passando por algum tipo de resistência, pois a humanidade foi inventando e se apropriando das tecnologias e isso vem acarretando mudanças no cotidiano dos indivíduos, uma vez que todo avanço tecnológico é criado para facilitar a realização das práticas diárias dando origem a novas possibilidades de ações.
É incontestável que todas as mudanças na tecnologia de suporte e a popularização do uso da escrita também se devem às mudanças que ocorreram nas normas linguísticas, as quais foram adequando de forma cada vez mais eficiente a linguagem às possibilidades e limites dos novos meios de comunicação.
Desse modo, tendo a escola a função de aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico (LDB 9394/96 –Art.35, inciso III), a ferramenta tecnológica se tornou um instrumento importante no contexto escolar, quando articulada a uma prática formativa que leva em conta os saberes trazidos pelo aprendiz, procurando juntá-los aos conhecimentos escolares.
Nesta perspectiva a cultura da imposição, arraigada nas práticas de ensino tradicionais, dificulta a inserção da tecnologia em salas de aula criando uma barreira nas aprendizagens das novas tecnologias cominucacionais. Na verdade, a inserção das TICs no ambiente educacional, depende da formação do professor em uma perspectiva que procure desenvolver uma proposta que permita transformar o processo de ensino em algo dinâmico e desafiador com o suporte das tecnologias. Não se trata apenas de adaptar o modelo da escola tradicional aos novos equipamentos.
Um questionário aplicado a alunos da 7ª série/8° ano de uma escola estadual comprova o quanto a tecnologia está presente na vida dos adolescentes e precisa ser explorada no âmbito educacional. Propositalmente a pesquisa foi realizada em uma sala cujos alunos possuem um poder aquisitivo menor e surpreendentemente dos 22 jovens que responderam ao questionário, apenas três não possuem aparelho celular. A maioria deles possui computador em casa, embora poucos tenham acesso à internet.
Todos os alunos que responderam ao questionário disseram que usam a internet para realizarem pesquisas escolares. As redes sociais, as ferramentas de busca e o MSN foram os itens que ficaram em segundo lugar. Esses resultados revelam que embora nem todos possuam computador em casa e dos que possuem a maioria não tem acesso à internet, além da cidade não possuir lan houses, todos os discentes tem acesso à tecnologia digital e a internet, sendo que os meios mais comuns de utilizarem o computador e/ou a internet é em uma sala na biblioteca municipal e na SAI da escola.
O ensino, atualmente, está voltado para a realidade prática, que enfatiza sobretudo textos que circulam na vida cotidiana dos indivíduos envolvidos no processo. Em uma sala como a que foi aplicada o questionário seria possível desenvolver um trabalho de pesquisa com propagandas veiculadas na internet, explorando textos prescritivo/injuntivos que faz parte do conteúdo programático para a série, além de trabalhar com os verbos no modo imperativo.
Analisar as propagandas disponibilizadas na internet possibilita, ao aluno, um olhar mais amplo a respeito dos recursos semióticos que contemplam este tipo de texto, a compreensão dos objetivos das propagandas fica mais perceptível, entre outras características. Além disso, no computador os alunos podem criar suas próprias propagandas utilizando recursos digitais e semióticos o que facilita para o estudante entender a estrutura desse gênero.
A internet, de modo geral, possibilita o trabalho com gêneros digitais (chat, blog, home Page, fórum de discussão, hipertexto, correio eletrônico, hipermídia) proporcionando um caminho amplo na exploração da oralidade e da escrita desenvolvendo a linguagem em diferentes situações de interação.
De acordo com a OCNEM (2008, p.28) “a abordagem do letramento deve considerar as práticas de linguagem que envolve a palavra escrita e/ou diferentes sistemas semióticos- seja em contextos escolares seja em contextos não escolares- prevendo assim, diferentes níveis e tipos de habilidades, bem, como diferentes formas de interação e, consequentemente, pressupondo as implicações ideológicas daí decorrentes”.
Cabe aos docentes trabalhar valores e ampliar a visão entre o certo e o errado, o adequado e o inadequado para que os alunos interajam com a mídia de forma crítica e com a precaução de não ser dominado por ela. È preciso tornar o discente capaz de aprender buscar, classificar e selecionar informações, desenvolvendo competências e habilidades a partir da tecnologia fundamentando seu conhecimento acadêmico, não simplesmente um trabalho, mas no seu cotidiano escolar e social.



Referências Bibliográficas
BRAGA. D; BUZATO.M. Multiletramentos, linguagens e mídias. Tecnologias e práticas comunicativas/ Processos de naturalização das tecnologias: o caso da escrita alfabética. Campinas, SP: UNICAMP, 2012. Material digital para AVA do curso de Especialização em Língua Portuguesa REDEFOR/UNICAMP.

BRAGA. D; BUZATO.M. Multiletramentos, linguagens e mídias. Tecnologias e práticas comunicativas/ Das paredes das cavernas ao monitor. Campinas, SP: UNICAMP, 2012. Material digital para AVA do curso de Especialização em Língua Portuguesa REDEFOR/UNICAMP.

BRASIL. Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, DF: MEC/SEB, 2006.

BRASIL. República Federativa do Brasil. Lei n° 9.394: Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.